Para Manoel poesia é uma artesania, é dar formas aos sons das palavras.
Para nós fazer poesia é também brincar de dar forma às cores.
Para Manoel fazer poesia é ir aos deslimites das palavras.
Será que vamos escontrar os deslimites da nossa pintura?
Aprendemos com Manoel que podemos também fazer poesia e brincar com as palavras pensando em nossa pintura, em nossa vida de traças entrelaçadas, de traças curiosas, de traças cheias de dúvidas e incertezas.
Manoel chama poesia de desenho verbal.
Nós traças até agora só tínhamos desenhado com tinta e agora nos aventuramos a desenhar com o verbo. Bom brincar de traçar tintas e palavras, formas e harmonias, sons e cores.
Manoel diz que as imagens são as palavras que nos faltaram.
Para nós traças produzir imagens com as palavras que nos faltam é fazer poesia com as cores.
Manoel afirma que as coisas não querem mais ser vistas por pessoas razoáveis, elas desejam ser olhadas de azul.
Será esse o azul que nos ronda?
Obrigada Manoel por lembrar a nós o desenho com o verbo, a artesania das palavras, os deslimites das palavras e por nos lembrar também de não sermos razoáveis e continuarmos olhando as coisas de azul!
Estivemos por aí entre tintas, filmes e pensamentos. Assistimos o documentário Só dez por cento é mentira - A desbiografia oficial de Manoel de Barros e daí veio o texto de hoje. Quem não viu vá ver!
Nenhum comentário:
Postar um comentário