quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Van Gogh

Em agosto último visitei alguns museus com acervos importantes da história da Arte. De volta, decidimos compartilhar aqui algumas impressões que estas visitas me deixaram.

Começo pelo museu Van Gogh, em Amsterdam.
Devo dizer que ali estive em estado de puro deleite dos sentidos e, buscando alguma racionalidade, estudei um pouco do processo de criação daquele que é um dos mais conhecidos e controversos representantes da pintura impressionista na Europa.

Sobre este museu em particular, pretendo fazer alguns posts onde tentarei por em palavras o que, de fato, transcende explicações. O primeiro deles, por motivos óbvios, não poderia deixar de falar do azul.

Em 31 de janeiro de 1880 Vincent Van Gogh recebe uma carta seu irmão Theo com a notícia de que a esposa havia dado a luz um menino. Conta também que o bebê receberá o nome do tio. No texto, Theo expressa o desejo de que o filho seja tão perseverante e corajoso quanto o irmão mais velho. De pronto o pintor se dedica a criar um quadro para comemorar a chegada do sobrinho ao mundo.

Elege, então como tema galhos em flor contra um céu azul. A pintura teria lugar sobre a cama de Theo, no quarto do casal.

Assim, para simbolizar a nova fase na vida do irmão, Vincent escolhe uma amendoeira, árvore que floresce cedo, anunciando a chegada da primavera no início de fevereiro. Abaixo a Amendoeira em flor de Theo.
(fonte:http://www.vangoghmuseum.nl)





Almond Blossom, 1890 Vincent Van Gogh (óleo sobre tela 73.5 x 92 cm) 

Van Gogh Museun, Amsterdam





A história por trás do trabalho que, dentre muitos, me encantou por seus azuis me parece ainda mais encantadora. 

Coincidência ou não, senti a energia contagiante que os azuis trazem para quem cresce debaixo do céu do Ceará, tendo como limite o deslimite do Atlântico. Coincidência ou não, é azul. Coincidência ou não, iniciamos uma nova fase com a exposição do Traça que acontecerá em breve. 


Até logo,

Ana Pires.





  


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