Nos últimos dias agitados, pensando em processo
criativo, inspirações, remexendo lembranças, ouvi falar dos 100 anos que
Vinicius de Moraes faria.
Li um pouco de sua história. Nasceu no Jardim Botânico, cresceu em Botafogo, muitas mudanças, muitos lugares...tudo tão familiar.
O poetinha é determinante em minha vida, mesmo antes de
escolher, sua música já era presente na vitrola da minha infância.
Depois veio a Arca de Noé, disco infantil de poemas
infantis musicados.
Com ele vieram São Francisco e os bichos, o Relógio e o
tempo, A Casa engraçada sem porta sem nada.
Imagens, sons e palavras que povoaram minha imaginação
de criança.
A música da corujinha cantada por Elis me dava um
sentimento tão incômodo que sempre pulava a faixa do disco, acho que a peninha me
angustiava.
Mais tarde encontrei suas músicas, a voz suave...
O samba, o amor, a tristeza, o candomblé...
Depois veio a poesia, a palavra.
A pátria, os sonetos, a amizade , o encontro...
Palavras sempre tão caras em meu caminho.
Poeta aprendiz - Vinicius de Moraes
Construíram a traça de hoje.
A relação de pintura e palavra.
Uma leva a outra.
Muitas vezes a imagem se cria a partir do sentimento de uma música, de uma lembrança, de uma palavra.
Noutras vem só, com cor e forma.
É nessa mistura que acontece o trabalho.
Obrigada Vinicius.
Obrigada pela companhia de sempre!
Suas músicas tem som de casa, de aconchego.
Estão sempre comigo nesse caminho de traça.
Em homenagem a ele ...
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Acrílico sobre papel |
E compartilho aqui o link para o programa Arquivo N da Globo News em homenagem aos 100 anos de Vinícius.
Inté!
Mariana